
Depois que o ex-prefeito
Arquimedes Valença (PTB) pôs fogo no já apimentado debate político na cidade de
Buíque, com uma quentíssima entrevista ao radialista Ricardo Resende, na rádio
Buíque FM, na sexta-feira 13 foi à vez do professor Esildo Barros (que também
sonha em ocupar a cadeira mais cobiçada do município) usar os mesmos microfones
e expôs para a população os seus projetos, caso esteja tomando posse como
prefeito de Buíque em primeiro de janeiro de 2012. Em uma hora de conversa, o
pré-candidato usou o seu tempo para falar sobre diversos temas. Entre eles
destacam-se a atual situação do comércio local, os potenciais do município e a
experiência que teve no ano de 2004, quando compôs a chapa majoritária com o
amigo Vanaldo Araújo.
Sobre o último tema, o professor
confessou que aceitou compor a chapa majoritária com o amigo Vanaldo porque os
dois partilhavam de um mesmo ideal de desenvolvimento para o município. Segundo
ele, o objetivo era provar para a população que é possíveis sim, pessoas com
dinamismo, amor por sua terra e principalmente vontade de trabalhar, fazer de
Buíque um município verdadeiramente de todos. “Para tanto não nos comprometemos
com grupos políticos, ou até mesmo com agiotas, que investem em Buíque na época
de eleição e depois exigem o retorno”, garantiu o pré-candidato, lembrando que na
época fez uma campanha de forma espontânea, sem atacar nenhum dos lados e tentado
fazer com que as pessoas percebessem que o mais importante para Buíque “não era
o nome de pessoas, mas sim um projeto de desenvolvimento para o município”. O
professor garante que alguns projetos que foram desenvolvidos no município
faziam parte do plano de governo da dupla Vanaldo e Esildo.
“Vimos hoje que algumas coisas
que estavam no nosso projeto vingaram, como por exemplo, a construção do pátio
de eventos, a mudança da feira livre, e até mesmo a implantação da ANDRI, que
na verdade no nosso projeto não se chamaria ANDRI, mas seria um projeto de
sustentabilidade para os pecuaristas do nosso município. Nós influenciamos com
a nossa cultura muito do que foi feito no município até hoje. Por isso, para
mim foi muito viável a nossa candidatura. Não tivemos a adesão necessária, até
mesmo por questão de recursos, mas conseguimos emplacar o nosso nome e fazer
uma bela campanha com honestidade, mostrando que era possível ter um Buíque com
cultura. E digo mais: poderíamos ter formado uma equipe dinâmica e certamente
os buiquenses iriam gostar de ter tido Dr. Vanaldo e Esildo como gestores do
município”, garantiu o professor.
Esildo revelou ao radialista
Ricardo Resende que um dos seus grandes sonhos é ver implantada em Buíque uma
escola técnica, que possa qualifique os jovens e abrir as portas para o seu crescimento
profissional, evitando o ingresso da juventude na marginalidade e fazendo com
que muitos buiquenses não sejam mais obrigados a irem para outros Estados buscar
o sustento da família. O professor acredita que o melhor aproveitamento da
escola Engenheiro Cleison Araújo, antiga Recreação Infantil, já seria um bom
começo.
“A escola Engenheiro Cleison
Araújo tem que ser mais bem aproveitada. A noite mesmo ela está ociosa, com
suas salas de aula vazias. Eu queria muito poder criar nessa escola uma Escola
Técnica Municipal, que oferecesse cursos com foco nas pessoas que não tiveram
oportunidade e muito menos tempo para estudar, mas especialmente para os nossos
jovens. Eu queria que nessa escola tivesse os cursos de pedreiro, marceneiro,
carpinteiro, serralheiro, eletricista, encanador, etc. Eu não tenho nenhuma
dúvida que se nós tivéssemos pessoas capacitadas nesses cursos técnicos, além
deles terem uma segurança profissional para o resto de suas vidas, nós teríamos
verdadeiros técnicos nessas áreas, que inclusive falta muito em nosso
município”. O professor não perdeu a oportunidade e deu aquela alfinetada nos
políticos que têm ou tiveram a oportunidade de administrar Buíque: “Desde que
me entendo como um jovem participativo na política local, não vi nenhum gestor
deixar algo positivo para os nossos jovens nesse sentido. Ou seja: algo que
desse sustentabilidade para o futuro. Nós temos que proporcionar algo para a
nossa juventude que faça com que ela tenham vontade de crescer
profissionalmente. Nos estudos que faço sobre o tema, o que percebi é que os
municípios que investem no estudo, eles crescem por completo, porque quanto
mais se dá estudo, melhor se forma o cidadão, e é isso que esta faltando em
Buíque”, alertou Esildo.
Perguntado sobre como anda as
costuras políticas para lhe dê condições de entrar numa disputa eleitora com
reais chances de vitória, o professor Esildo adiantou que já botou o bloco na
rua e anda conversando com vários seguimentos da sociedade. Ele revelou também
que está aberto para conversar com outros pré-candidatos, mas deixou bem claro:
“Em uma campanha existe os acordos, mas é necessário que esses acordos tenham
como alvo o crescimento e o desenvolvimento de Buíque. Se os acordos são para
elevar o nome de Buíque, fazendo com que o município se torne sustentável, eu
estou aberto para fazer tias acordos, desde que eles venham beneficiar o povo
de Buíque e não só algumas famílias ou alguns grupos políticos como vemos nos
dias de hoje”, garantiu.
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