domingo, 8 de janeiro de 2012

Ex-prefeito Arquimedes: “Poderei ser candidato sim. Ninguém vai assumir o me lugar. Estou pronto para ser candidato e preparado para retomar esse município e acabar com esses desmandos”


Na manhã da sexta-feira (6/1), o ex-prefeito Arquimedes Valença ocupou os microfones da rádio Buíque Fm, no programa Sem Censura, do radialista Ricardo Resende, e deu de vez a largada para a sucessão municipal. Em uma hora de entrevista, o ex-prefeito falou sobre diversos temas, disse que nada o impede de ser candidato novamente, e não poupou críticas ao atual governo municipal. Aos que encistem em criticar a sua gestão, Arquimedes desafiou “quem quer que seja” para um debate, e não perdeu a oportunidade para fazer uma comparação entre o jeito Arquimedes e o jeito Jonas de administrar Buíque. “Fui prefeito por três mandatos e dediquei à minha vida ao povo e aos problemas de Buíque. Nunca ninguém me procurou para eu está dormindo ou estar bebendo, em farras, na praia, ou estar reunido com amigos e deixar de atender. Minha fazenda fica a trinta quilômetros de Buíque e já fiquei por muitas vezes por três ou quatro meses sem poder ir lá, porque não tinha tempo, estava 24 horas atento aos problemas do município”, desabafou o ex-prefeito.
    
Antes de tocar no tema sucessão municipal, Arquimedes fez questão de informar a população sobre o que aconteceu com projetos que foram iniciados no final da sua gestão, como por exemplo, a construção das praças das vilas Guanumby e Catimbau, e um receptivo turístico, que custariam cerca de um milhão de reais.
 
“Eu iniciei a obra, que ao final da minha gestão estava em andamento. Foi pago poucos mais de trezentos mil reais. Resta lá ainda seiscentos e noventa e quatro mil reais, que está na Caixa Econômica e nunca a gestão atual teve a competência e a capacidade de finalizar essa obra. O dinheiro está em uma conta na Caixa Econômica, como também o dinheiro para a construção de o receptivo. Essa obra (o receptivo turístico) foi licitada no apagar das luzes da minha gestão. Nós licitamos porque a primeira empresa que assumiu abandonou, depois mais outra também abandonou a obra, e nós contratamos outra empresa. No final da minha gestão deixei licitado, contratamos a empresa, só não fiz dar a ordem de serviço porque pensei: naturalmente o novo prefeito deve querer conversar com a empresa para dar algum  determinação. Essa obra nunca foi concluída”, esclareceu.
 
O ex-prefeito não esqueceu os recursos que deixou para abastecimento d’água, saneamento básico e a construção de um novo matadouro público. “O abastecimento d’água da Ribeira, que iria beneficiar as comunidades de os sítios Ouricurí, Lages, Cavalo, Queimada da Onça, Cabelo Duro, Pereiros, Kágados, Lagoa do Curral, chegando até o Morro Vermelho. Deixei um projeto de um milhão, quatrocentos e sessenta mil reais. Deixei três milhões e seiscentos mil reais para o saneamento de Guanumby, Carneiro, Catimbau e do povoado Tanque. Até hoje nada foi feito. Ouvi dizer até que os recursos foram devolvidos. O matadouro público, que deixei licitado, inclusive eu tinha assinado um pacto com a justiça para a construção de um novo matadouro, porque esse matadouro não tem mais capacidade, não está adequado para fazer a matança dos animais. Deixei um recurso de quinhentos e sessenta mil reais. Compramos um terreno e fizemos todo um projeto. Conseguimos aprovar a licença ambiental que não é fácil. Deixamos obra licitada. Ele (o prefeito) não ligou, a obra foi cancelada, o recurso foi embora e nós estamos sem matadouro”.
 
Sobre o tema sucessão municipal Arquimedes cuidou logo de acabar com alguns boatos que andam circulando no município de que ele não poderá ser candidato e apoiará outro nome. “Pretendo sim ser candidato. Nada me impede de ser candidato”. E disse mais: “Se eles (a turma do prefeito) dizem que tem coisa errada comigo, coisa errada vocês não ver daqui a alguns dias”, prometeu o ex-prefeito, que acrescentou: “Como é que uma pessoa que recebe um salário de 12 ou 13 mil reais compra propriedades, compra gado, compra apartamento, compra carros, como é que pode comprar tudo. Agora procure saber de Arquimedes, o que Arquimedes tem que foi comprado com dinheiro de prefeitura. Nada existe que me impeça de ser candidato. Apenas votaram umas contas minhas de forma irregular na Câmara de Vereadores. Teve vereador que comeu dinheiro para votar contra as minhas contas. Eu estava pronto para esclarecer, mas eles não esperaram pelos meus esclarecimentos. Poderei ser candidato sim. Ninguém vai assumir o me lugar. Quando estiver próximo ao período eleitoral, vamos fazer uma pesquisa e se o povo de Buíque quiser, eu vou ser candidato sim. Quem vai dizer que Arquimedes é ou não candidato é o povo, não vai ser A ou B que vai implantar ou tirar uma candidatura minha. Estou pronto para ser candidato, preparado para retomar esse município e acabar com os desmandos”, garantiu o ex-prefeito.

No final da entrevista, como já é de costume, o radialista Ricardo Resende citou alguns nomes de políticos e pediu para que o ex-prefeito Arquimedes desse nota que iam de 0 a 10. A presidente Dilma Rousseff, ao governador Eduardo Campos, ao senador Armando Monteiro e a ex-vice-prefeita Miriam Briano, ganharam de Arquimedes a nova máxima. Quem ficou com a nota 0 foi o atual presidente da Câmara Municipal, o vereador Dodó. “O presidente da Câmara de Buíque é meu amigo. Como cidadão é gente boa, agora como vereador dou nota 0, porque ele fez ser votada uma conta minha de forma irregular na Câmara. Então eu não posso admitir que ele tenha capacidade de gerenciar uma Câmara. Já ao atual prefeito, Arquimedes não quis dar nota, deixando para a população fazer isso no próximo dia 7 de outubro. “Ao prefeito Jonas eu sou suspeito, por isso não quero dar nota pra ele”, explicou Arquimedes.
 
A entrevista de Arquimedes causou muita repercussão na cidade e um blog dito “imparcial” e anônimo, divulgou que no próximo dia 20 o prefeito Jonas Neto também irá ocupar os microfones da rádio Buíque FM para anunciar a programação do carnaval 2012 e aproveitar para responder as críticas feitas pelo ex-prefeito.
 

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