terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Em conversa com os parentes das vítimas, o governador Eduardo Campos escutou muitas reclamações sobre a falta de emprego no município

  
Depois de conceder entrevista à imprensa que cobria a chegada dos corpos das vítimas do acidente, o governador Eduardo Campos conversou com algumas mulheres que perderam seus parentes e pôde constatar o tamanho do desespero, especialmente das mães e esposas que foram obrigadas a ver seus filhos e maridos partirem para outro Estado em busca do sustento da família, porque o município não oferece oportunidades de emprego. “Aqui ninguém tem emprego legal e tem que se sujeitar mesmo se quiser sustentar a família”, contou Rejane Lopes, viúva de José Anchieta da silva, de 33 anos, que trabalhava há um ano na empresa Milton Turismo sem carteira assinada.
    
  
Outro relato que contatou o subemprego no município foi da dona de Casa, Jailza de Oliveira, de 38 anos, que perdeu o marido no acidente. Ela contou ao governador que o companheiro foi mais um dos buiquenses obrigado a sair do município em busca de trabalho para o sustento da família. “Meu marido estava há sete meses no Mato Grosso porque aqui não tem serviço. Era ele quem sustentava a casa e a pergunta que me faço agora é o que será de mim e dos meus quatro filhos?”, desabafou a dona de casa.
   
 
Muito atento aos relatos das duas viúvas, o governador lembrou que o Governo do Estado vem concentrando esforços na geração de empregos, que vem crescendo ano a ano, para que “cada dia menos pessoas tenham que sair do Estado”. Eduardo lembrou ainda que “o trabalho na cana é uma tradição no interior”.

Já o prefeito Jonas Neto, reconheceu que a falta de trabalho no município tem obrigado muito trabalhador a procurar o sustento da família em outros municípios e principalmente em outros Estados. Mas lembrou de que o fato não é uma exclusividade de Buíque. “As pessoas aqui vivem da agricultura familiar, de aposentadorias ou de empregos da prefeitura, mas isso é uma realidade da maioria das cidades do interior”, alertou o prefeito Jonas Neto, que se comprometeu a enviar para a Câmara Municipal um projeto que possa dar maior amparo aos órfãos e viúvas da tragédia.

Antes de retornar a capital, Eduardo Campos ainda teve tempo de conversar com populares que aguardavam a chegada dos corpos do lado de fora do Clube Municipal. Em um momento de descontração, o neto de Arraes conversou com um menino engraxante, que se emocionou com a atenção do governador. Em um outro momento, quando Eduardo conversava com o povo, o governador foi chamado de futuro Presidente do Brasil .
 


















     

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