Passava das quatro e meia da tarde quando o caminhão baú chegou ao Clube Municipal de Buíque trazendo 10 dos 14 corpos que vieram da Bahia. Devido o avançado estado de decomposição, o reconhecimento feito pelas famílias não durou mais de 10 minutos e os corpos seguiram para serem enterrados em cemitérios da cidade e da zona rural. A Secretaria de Desenvolvimento Social informou que 01 corpo ficou no IML de Caruaru a pedido dos familiares para ser enterrado em Lagoa do Ouro, no Agreste Meridional. Os outros três ficaram no IML do Recife, porque não foi possível fazer a identificação através das digitais.
Com os 10 copos no Clube
Municipal, o que se viu foi muito desespero das famílias. Gritos, choro e muita
lamentação tomaram conta dos parentes que pareciam não acreditar no que havia
acontecido. Muitos precisaram de atendimento médico.
Nos enterros, muitas histórias de
saudades dos parentes que se foram. Houve gente que perdeu praticamente toda a
família, como foi o caso do agricultor Cícero Moreira Monteiro, de 49 anos. Ele
contou a repórter Renata Coutinho, do Jornal Folha de Pernambuco, que além do
filho, do genro e do cunhado, perdeu também 15 primos no acidente.
“Estava sem ver meu filho, meu genro e meu cunhado há seis meses e agora essa desgraça. Também perdi 15 primos que estavam no ônibus. O pior e pensar que todo mundo vinha tão feliz para passar as festas (de final de ano) com a família”. O agricultor contou ainda que o seu filho José Kerller Andrade Monteiro, de 23 anos, ia pela segunda vez trabalhar no Mato Grosso do Sul. “Eles viam vantagem em ir para lá porque chegavam à ganha mais de R$ 8 mil durante os seis meses de serviço. A maior parte investia em milho, comprava animais e ajudava a família”, contou seu Cícero Moreira.
“Estava sem ver meu filho, meu genro e meu cunhado há seis meses e agora essa desgraça. Também perdi 15 primos que estavam no ônibus. O pior e pensar que todo mundo vinha tão feliz para passar as festas (de final de ano) com a família”. O agricultor contou ainda que o seu filho José Kerller Andrade Monteiro, de 23 anos, ia pela segunda vez trabalhar no Mato Grosso do Sul. “Eles viam vantagem em ir para lá porque chegavam à ganha mais de R$ 8 mil durante os seis meses de serviço. A maior parte investia em milho, comprava animais e ajudava a família”, contou seu Cícero Moreira.
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