quarta-feira, 27 de junho de 2012

Mais uma reviravolta na politica buiquense: Miriam será a candidata à vice de Jonas e Sossó anuncia apoio a Arquimedes



Na semana que antecede o prazo final para a realização das convenções partidárias, a política buiquense sofre mais uma daquelas reviravoltas de deixar de cabelo em pé até os eleitores mais calejados, que acreditavam já ter visto de tudo na política local: a ex-prefeituravel Miriam Briano (PSB), jogou a toalha e anunciou que fará parte da chapa majoritária do prefeito Jonas Camelo (PSD) na vaga de candidata a vice. Com a união dos até então arqui-inimigos, a candidata derrota pelo próprio prefeito Jonas, nas eleições de 2008, comprova que já não comunga mais daqueles velhos e bons conceitos políticos, que a acompanharam em quase três décadas de vida pública, e agora partiu para o vale tudo, correndo um sério risco de encerrar precocemente a sua carreira política, caso acumule mais uma derrota nas urnas.
    

Pelas primeiras reações, a união do atual prefeito com a ex-vice, na mesma medida em que agregou, também desfalcou  o grupo do atual prefeito. O primeiro a demonstrar sua indignação foi o atual vice-prefeito do município, o pecuarista e ex-vereador Solano Tenório (PSD), que não esperou a poeira baixar e já anunciou apoio incondicional à candidatura de Arquimedes Valença, que no domingo passado mostrou toda a sua força realizando a maior convenção partidária de toda a história política de Buíque. Além de Sossó, um número significativo de partidários do prefeito Jonas, já havia sinalizado que não são de acordo com a união, e também ameaçam abandonar o navio antes que ele afunde.
  
Se existe uma pessoa que merecia mais respeito e consideração pelo lado do prefeito Jonas, é o vice Solano, que foi rifado do grupo com a chegada de Miriam. Sossó, como é mais conhecido pelo povão, foi um dos principais defensores da candidatura de Jonas em 2008. Enquanto muitos achavam que o jovem político não teria chance alguma contra o grupo do então prefeito Arquimedes, Sossó insistiu e fez todas as costuras necessárias para viabilizar a candidatura do agora ex-aliado aliado político. E o resultado todos conhece. Sossó, além de fortalecer o grupo de Arquimedes, chega também motivado e disposto a trabalhar muito para dar o troco e mostrar que o prefeito foi quem mais saiu perdendo com a troca de vices. 

Outro desfalque de peso (e muito peso), dessa vez do lado de Miriam, foi o do prefeito de Arcoverde Zeca Cavalcanti (PTB), que já havia anunciado apoio a ex-vice, caso ela mantivesse a sua candidatura ao cargo mais cobiçado do município. Como isso não foi confirmado, e principalmente com a união dos dois ex-desafetos, Zeca não terá nenhuma participação na campanha buiquense. A decisão do prefeito de Arcoverde é considerada extremamente coerente do ponto de vista político. E é fácil de explicar: Enquanto o prefeito da Capital do Sertão é considerado o gestor mais bem avaliado de Pernambuco, com índice que supera a casa dos 90%, do outro lado, o prefeito da terra de uma das 7 maravilhas de Pernambuco é um dos mais rejeitados do Estado, com índices negativos que superam fácil, fácil a casa dos 50%. Outro ponto que também merece destaque no mais novo “casamento” político, é o fato de os dois serem os políticos mais rejeitados do município, segundo pesquisa do IPEC, divulgada no ano passado. Enquanto a rejeição a Jonas supera os 51%, ao nome de Miriam ultrapassa a casa dos 40%. Ou seja, os dois juntos são rejeitados por mais de 90% dos buiquenses.
 

As atenções do eleitorado se voltam agora para os discursos que serão usados pela dupla que protagonizou uma das eleições mais baixas do município, repleta de ofensas e ataques pessoais. Quem não se lembra dos carros de som rodando por todo o município com sucesso da dupla Edu e Maraial: Mulher.... (o respeito que tenho pela pessoa me impede de completar a frase). E qual será o argumento usado por Miriam para convencer o eleitorado de que Arquimedes não é tudo aquilo que ela mesma falava em seus discursos, garantindo que, se eleita, daria continuidade ao governo que ela fez parte por oito anos? E como fica o eleitor de Miriam que foi perseguido e humilhado pela a atual gestão nesses três anos e meio? Será que vai esquecer-se de tudo e pedir voto para pra Jonas? Essas e outras perguntas só serão respondidas a partir do dia 7 de julho, data que marca o início da corrida eleitoral, que dá como prêmio ao vencedor o comando do município pelos próximos 4 anos.
        

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