Nada de axé baiano, sertanejos de gel no cabelo
ou fuleragem music, a primeira edição do Pernambuco Nação Cultural do Sertão do
Moxotó, mostrou que a cultura pernambucana esta muito bem servida sim senhor!
Nomes como: Lirinha, Clayton Barros, Tibério Azul, Samba de Coco Raízes de
Arcoverde, Paulinho Leite, Os Pariceros, Original Olinda Style e Tonino
Arcoverde, levaram um bom público para as apresentações nos quatro polos de
animação espalhados em pontos estratégicos da Capital do Samba de Coco. Em
quatro dias de festa a Capital do Sertão e mais 6 cidades da região (Sertânia,
Betânia, Ibimirim, Manarí, Custódia e Inajá) viveram a diversidade cultural pernambucana
em apresentações que foram do forró pé-de-serra ao rock, passando pelo samba de
coco, o samba de raiz e vários outros estilos musicais que caracterizam a
música pernambucana, como o Reisado, repentistas e boiadeiros.
A primeira noite do PE Nação Cultural do Sertão
do Moxotó foi dedicada à galera que curte o rock pesado. No Palco Nação
Cultural, na Praça Wiston Siqueira, se apresentaram as bandas Fetus, Sistema de
Protesto, BCR, Irmandade Punk, Plugins e os Cachorros.
Para homenagear o Rei do Baião, a segunda noite
do PE Nação Cultural foi repleto de talentos arcoverdenses. Primeiro a subir no
palco, Tonino Arcoverde cantou seus sucessos e agitou o público, dando sinais
de que a noite prometia. Em seguida quem botou a galera para dançar com o autêntico
forró pé-de-serra foi à rapaziada de Os Pariceiros. Dono de um talento inconfundível,
o vocalista George (foto) deu mais um show de interpretação misturando o forró
com a declamação de poesias. O relógio marcava 22 horas quando outro
arcoverdense subiu ao palco e literalmente botou fogo nos amantes da cultura
nordestina. Paulinho Leite fez mais um show impecável e não segurou as lágrimas
quando cantou o seu maior sucesso: “Riacho do Mel”. A segunda noite do Festival
foi encerrada pelo forrozeiro Joquinha Gonzaga, sobrinho do Rei do Baião Luiz
Gonzaga, que se estivesse vivo completaria 100 anos em dezembro.
Recentemente reconhecida como a Terra do Samba
de Coco, a Capital do Sertão viu o público que prestigiou o evento se render ao
ritmo genuinamente arcoverdense. A apresentação do Samba Coco Raízes de
Arcoverde não deixou ninguém ficar parado na penúltima noite do Festival. O
público não resistiu ao batuque envolvente e ia ao delírio todas as vezes que
os coquistas mostravam seus talentos em solos de chinela na madeira. A noite
ainda teve as apresentações de Chico de Assis e das bandas Rivotril, Mundo Livre
S/A e do Dj Patrick Tor4.
A última noite do PE Nação Cultural do Sertão
do Moxotó foi marcada pela segunda apresentação solo em sua terra natal do
arcoverdense mais famoso, o ex-líder do Cordel do fogo Encantado. Lirinha (foto) dessa
vez apresentou um show mais ao seu estilo, com muita agitação e performances
que são marcas registradas do artista. Como acontece em todo show, desde os
tempos do Cordel, o público foi ao delírio e cantou todos os sucessos do ídolo.
Antes da apresentação de Lirinha, o público
sertanejo conheceu e gostou muito do que viu e ouviu de duas atrações que
esbanjaram talento e um bom gosto musical. Primeira a subir no palco, a Bande
Dessinée contagiou o público com um estilo musical inspirado na música pop
francesa dos anos 60 e 70. Em seguida foi à vez do ex-vocalista da banda Seu
Chico, Tibério Azul (foto), mostrar todo o seu talento e provar porque é
considerado um dos principais nomes da música pernambucana na atualidade. O
jovem músico cativou os sertanejos e deixou um gostinho de quero mais. A responsabilidade
de encerrar a primeira edição do PE Nação Cultural do Sertão do Moxotó focou
com a turma do Original Olinda Style, que mostrou toda a sua originalidade e a
boa música pernambucana.
Veja algumas imagens que marcaram o PE Nação Cultural do Sertão do Moxotó
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