sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Governador e prefeito de Petrolina não se entendem sobre a municipalização dos serviços de água e esgoto no município


O prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), não gostou nada, nada, das declarações do governador Eduardo Campos (PSB), que o acusou de estar politizando a questão da água no município. Para rebater o governador, o prefeito foi no “fundo do baú” e disse a Rádio Jornal que a primeira pessoa a entrar na justiça para expulsar a Compesa do município foi o ex-prefeito e atual ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho.

Segundo o prefeito, no governo de Jarbas Vasconcelos, Bezerra Coelho foi à justiça e pediu para explorar os serviços de água e esgoto no município e venceu a parada no STJ. Na época, o seu advogado foi Roberto Magalhães. Lóssio disse ainda que os lucros obtidos pela distribuidora de água em Petrolina não são investidos no município. Por esse motivo, o prefeito declarou que aguarda parecer de sua Procuradoria Jurídica para expulsá-la do seu território. A exploração dos serviços de água e esgota será feito pela própria prefeitura.

Da Colômbia, o governador Eduardo Campos disse ao radialista Geraldo Freira, da Radio Jornal, nesta sexta-feira, que ficou surpreso com a posição tomada pelo prefeito, no sentido de municipalizar o serviço de água e esgoto de Petrolina, já que o município é inserido no sistema que o Governo do Estado denomina de “subsídio cruzado”, ou seja, o lucro que a Compesa obtém por aquelas bandas, cerca de R$ 4,2 milhões por mês, banca o prejuízo nos municípios vizinhos.

Irónico, o governador disse a Geraldo Freire, que se o prefeito quer mesmo a água de volta, é só devolver os investimentos que a Compesa fez no município e o problema está resolvido.
  

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