quinta-feira, 28 de abril de 2011

Enfim acabou a novela sobre a quem pertence à vaga na Câmara de Vereadores de Buíque aberta com a morte do vereador Til no ano passado

Finalmente chegou ao fim na quarta-feira (27), com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a discursão sobre a quem pertence à vaga na Câmara Municipal de Buíque, aberta com o falecimento do vereador Til no ano passado. A ex-primeira dama Rosy Santos - que ficou na suplência da coligação com quase 500 votos - e o ex-vereador e herdeiro político de Til, o jovem Ernani Neto - que ficou como suplente do partido com apenas 15 votos -, brigavam na justiça pelo direito de ocupar uma das nove cadeiras da Casa Jorge Domingos Ramos. 

Dos 11 juízes, 10 votaram pelo óbvio: No caso de licença ou falecimento do parlamentar, a sua vaga deverá ser preenchida pelo suplente da coligação que o elegeu. Afinal, para que serviria a coligação? No caso específico de Buíque, se não fosse pela coligação, nem o ex-vereador Til, nem tão pouco o atual presidente da Câmara, o vereador Dodó, tinham conseguido votos suficientes para se elegerem.

No ano passado, após o falecimento de Til, Rosy tomou passe como a primeira suplente da coligação. No início desse ano, o herdeiro político do ex-vereador, tomou a vaga da ex-primeira dama, depois que os integrantes da mesa diretora da Câmara, em reunião a portas fechadas, decidiram “tirar do jogo” a parlamentar que mais faz oposição ao prefeito Jonas Neto, e dar a vaga a um aliado do prefeito. 

A alegria dos “defensores do chefe” durou muito pouco. Poucos dias após “ser convidada a sair”, a vereadora entrou na justiça e ganhou o direito de retornar ao seu local de trabalho depois que a juíza da comarca de Buíque, Dra. Mônica W. Cavalcanti Magalhães determinou que o presidente da Casa Legislativa empossasse novamente a vereadora em um prazo de 48 horas. 

Mesmo após a decisão da juíza local, o jovem Ernani Neto não se deu por vencido e recorreu também à justiça para herdar a cadeira deixada pelo pai. Há poucos dias, saiu uma liminar da justiça determinando que a vaga pertencia ao suplente do partido, o que beneficiaria novamente o jovem político.

Com a decisão final da Suprema Corte, a vereadora Rosy assume de vez o seu mandato, frustrando parte dos seus colegas, e principalmente os detentores do poder no Ninho de Cobras, que tanto lutaram para “tirar uma grande pedra do caminho”.  

Texto e foto: Paulo Cézar Cavalcanti

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